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15 novembro, 2012

Recife holandês


Como quem conhece um pouco da história de Recife sabe, tivemos um breve período holandês (1630 - 1654). Foi breve, mas com grandes contribuições à arquitetura, ao urbanismo e ao paisagismo recifenses, principalmente no período da administração do Conde Maurício de Nassau (37 – 44).
Com a chegada dos holandeses, o Recife sofreu um inesperado excedente populacional: as tropas invasoras, os funcionários da Cia. das Índias Ocidentais (WIC), colonos holandeses e, ainda, os refugiados do incêndio de Olinda, causado pelo bombardeio holandês em 1630 e que derrocou casas e sobrados.  O aumento populacional fez surgir novas casas, em estilo holandês, essas foram se misturando com as já existentes, de arquitetura luso-brasileira.

Com dificuldade para encontrar terreno no bairro portuário, núcleos de moradores foram surgindo na Ilha de Antonio Vaz – onde depois foi fundada a Cidade Maurícia. Estima-se que a edificação tipicamente holandesa ocupava mais de 75% dessa região, atual bairro de Santo Antônio.
A construção holandesa é de notável simplicidade: prédio retangular de tijolos, com telhados em duas empenas laterais no sentido da menor dimensão; fachadas caiadas, lisas e prolongadas para o alto, num frontão corrido, porém escalonado; larga porta central, com janelas simétricas em relação à porta.  A maior parte das casas possuíam dois andares, às vezes com sótão, mas com o mesmo arranjo da porta central e janelas simétricas correspondentes. Algumas vezes, no piso superior, havia uma porta sobreposta à do térreo que se abre para uma sacada. Algumas casas ainda tinham, no térreo, lojas, padarias, oficinas e depósitos, atendendo à necessidade de seus moradores.
As contribuições à arquitetura da cidade podem ser vistas até hoje, é só andar pelos bairros mais antigos da cidade para se notar sua importância. Mas ainda há suas contribuições urbanísticas e paisagísticas, que falarei depois em outros posts. 

Vocabulário: 
- Empenas: 
parte superior das paredes externas, acima do forro, fechando o vão formado pelas duas águas da cobertura.
- Frontão: conjunto arquitetônico que decora  o topo da fachada principal de um edfício.
- Escalonado: disposto em degraus, em camadas.


Fonte:
- Livro Guia do Recife - Arquitetura e Paisagismo, organização de Edileusa da Rocha

13 novembro, 2012

Nova tripulante


Oi pessoas, eu sou Camila. Laís me chamou pra fazer parte desse blog, e eu aceitei, então de vez em quando vocês me lerão por aqui. Como o nome do blog sugere, a gente vai falar de arquitetura, e tudo que vem com ela, seja em forma de urbanismo, paisagismo, arquitetos e teóricos ou seja na forma de como ela afeta nosso cotidiano, nossa história, os lugares em que a gente passa. Afinal, ela é parte da vida de qualquer um. Você mora em algum lugar, pega o transito das ruas de alguma cidade, trabalha em algum prédio ou passa os momentos de lazer em algum parque, cinema, teatro, etc. A arquitetura nos cerca.
E eu terminei falando mais do blog do que me apresentando... Bom, eu estudo arquitetura, junto com Laís, e adoro cada pedacinho desse mundo. Até aqueles momentos em que se passa a noite acordado terminando uma maquete. Adoro cor, e tudo que traga vida à nossa vida. Amo viajar e conhecer o cotidiano daquele lugar em que estou, ver a rotina acontecendo.  Gosto de ler e gosto de aprender. E por aqui eu vou aprendendo com vocês e vocês conhecendo um pouquinho desse mundo que eu tanto gosto.
Espero que vocês curtam isso aqui, tanto quanto eu.

12 novembro, 2012

Paulo Mendes da Rocha




Paulo Mendes da Rocha nasceu em Vitória – ES, no ano de 1928 e em 1954, formou-se no curso de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie em São Paulo. A partir de 1959 passou a lecionar na faculdade de arquitetura e urbanismo de são Paulo e em 1998 tornou-se professor titular.
Ele é referência internacional da arquitetura contemporânea brasileira, tendo várias obras vencedoras em concursos públicos e muitas outras indicações a concursos e prêmios, além de ter participado de diversas conferências nacionais e internacionais.
É autor do projeto do Pavilhão Oficial do Brasil na Expo 70, em Osaka, no Japão; esteve entre os finalistas premiados no concurso para o anteprojeto do Centro Cultural Georges Pompidou, em Paris (1971) e seus prêmios de maior destaque são o Prêmio Mies van der Rohe de arquitetura latino-americana pelo projeto de reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo (2001) e o Prêmio Pritzker (em 2006), sendo este considerado o Prêmio Nobel da Arquitetura, atribuído ao arquiteto ainda em vida que melhor cumpra os princípios enunciados por vitrúvio: Solidez, Beleza e Funcionalidade. Dentre os ganhadores do Pritzker encontram-se nomes como Luiz Barragan, Frank Gehry, Aldo Rossi, Tadao Ando, Robert Venturi, Alvaro Siza, Oscar Niemeyer, Zaha Hadid, Rem Koolhaas e muitos outros. 



Pinacoteca do Estado de São Paulo


Pavilhão Oficial do Brasil na Expo 70, Osaka, Japão

Sua obra é marcada por um intenso espírito modernista e por uma grande responsabilidade com a sociedade.
Recentemente sua obra foi abordada no programa “A casa brasileira” no canal gnt.